Introdução
No cenário atual de desenvolvimento, especialmente entre 2024 e 2025, a escalabilidade se tornou um dos principais focos para equipes de engenharia. Com o aumento exponencial da demanda por aplicações mais rápidas e confiáveis, muitas empresas têm buscado no Kubernetes a solução ideal. No entanto, a crença de que a adoção de microserviços é a única resposta para escalabilidade é uma simplificação perigosa. Este artigo explora as diversas facetas da escalabilidade, abordando práticas como GitOps e a migração de sistemas legados, além de discutir como a arquitetura de software pode influenciar esse processo.
O papel do GitOps na escalabilidade
GitOps, uma prática que utiliza repositórios Git como fonte de verdade para a configuração do ambiente, tem ganhado destaque na orquestração de containers com Kubernetes. Segundo a Objective, essa abordagem não apenas facilita a automação de implantações, mas também melhora a eficiência na gestão de estados de aplicações. Através da configuração declarativa, as equipes podem gerenciar alterações de forma mais controlada, o que é crucial em ambientes complexos onde a escalabilidade é um requisito essencial.
Desafios do GitOps
Entretanto, é importante destacar que a implementação do GitOps não é isenta de desafios. A necessidade de manter um repositório organizado e a complexidade do gerenciamento de múltiplas versões podem se tornar um obstáculo. Portanto, a adoção do GitOps deve ser acompanhada de uma estratégia clara de gerenciamento de mudanças e monitoramento.
Alternativas à migração completa para microserviços
Uma das armadilhas comuns enfrentadas pelas empresas é a ideia de que devem migrar todos os seus sistemas legados para uma arquitetura de microserviços para alcançar a escalabilidade. No entanto, como discutido na AWS, muitas organizações ainda operam com sistemas que não são x86 e que podem ser difíceis de migrar. Em vez disso, uma abordagem híbrida que mantenha partes do legado enquanto adota novas tecnologias pode ser a solução mais eficaz.
Integração de sistemas legados
Essa estratégia não apenas preserva os investimentos feitos em sistemas legados, mas também permite uma evolução gradual, onde novas funcionalidades podem ser implementadas utilizando microserviços, enquanto as partes críticas do legado continuam a operar. A integração entre essas tecnologias pode ser facilitada através de APIs, que permitem que diferentes sistemas se comuniquem sem a necessidade de uma reestruturação completa.
Concorrência e paralelismo em arquiteturas escaláveis
Um aspecto frequentemente negligenciado na discussão sobre escalabilidade é a importância de como as aplicações lidam com concorrência e paralelismo. Como mencionado em um episódio do podcast Akitando, a forma como um sistema gerencia operações assíncronas pode ter um impacto significativo na sua capacidade de escalar eficientemente. Em ambientes de alta concorrência, é crucial que as aplicações sejam projetadas para lidar com múltiplas requisições simultaneamente, o que pode ser feito através de técnicas como processamento assíncrono e utilização de filas.
Exemplo de implementação de filas com Node.js
const express = require('express');
const queue = require('bull');
const app = express();
const myQueue = new queue('myQueue');
app.post('/process', (req, res) => {
const jobData = req.body;
myQueue.add(jobData);
res.send('Job added to the queue!');
});
myQueue.process(async (job) => {
// Simulate processing
console.log(`Processing job ${job.id} with data:`, job.data);
await someAsyncTask(job.data);
});
app.listen(3000, () => {
console.log('Server is running on port 3000');
});
Futuro e Mercado
A discussão sobre escalabilidade e a adoção de microserviços está longe de ser encerrada. O futuro das equipes de engenharia estará cada vez mais ligado à capacidade de integrar novas abordagens sem abandonar legados importantes. Enquanto o Kubernetes e as práticas como GitOps oferecem soluções poderosas, é fundamental que as organizações estejam abertas a explorar outras opções que podem se alinhar melhor às suas necessidades específicas. Com a evolução contínua das tecnologias, a flexibilidade na arquitetura e estratégia será essencial para o sucesso a longo prazo.
Sobre isso, é o que tenho por agora.
Espero que goste da reflexão e, se fizer sentido para você, comente e compartilhe.
Vlw 😉



4 comentários em “Desmistificando a escalabilidade com Kubernetes: além dos microserviços”
Essa parte sobre GitOps é chave. Pra quem lida com legados, dá pra integrar com um sidecar pattern pra expor métricas e facilitar o deploy.
Pra sistemas legados, uma abordagem interessante seria usar sidecars para abstrair a comunicação, facilitando o deploy em K8s sem reescrever tudo do zero.
Exatamente! Essa visão de escalabilidade em K8s para sistemas legados foi o que me salvou em um deploy semana passada. Bater de frente com a ideia de só microserviços é essencial.
Passei por isso semana passada tentando refatorar a escalabilidade de um monólito. A ideia de GitOps para sistemas legados no Kubernetes é um game changer.